No passado fim-de-semana decidi dar uma volta aos meus caixotes, na tentativa de reduzir o seu número para metade e encontrei objectos dos quais nem me lembrava.
Um deles é uma faca de trinchar eléctrica.
Tentei lembrar-me de quem ma terá oferecido e não consigo. A sério, quem é que oferece uma faca de trinchar eléctrica a uma rapariga solteira? Porque é que alguém pensaria que eu quero ter uma faca de trinchar eléctrica em casa?
É que não me parece que seja algo que se utilize com frequência, a não ser que se sirvam leitões inteiros, aí o uso da mesma é aconselhado. Digo eu, que acho que não deve ser fácil cortar uma perna do leitão, para servir ao tio Alvim que gosta tanto de chispe, recorrendo a uma faca de cozinha - que nem sequer está afiada porque usamos apenas para cortar pão e tirar objectos debaixo do frigorífico - e às unhas e força de pulso enquanto lançamos gritos de animal feroz! Não se faz, é sujo e assusta os convidados e para além disso não como carne de porco, a minha família não come carne de porco. Penso que concordarão comigo quando digo que, para mim, esta é uma prenda inútil.
Prenda perigosa pois só vai ser usada quando a família está reunida à volta de um grande naco de carne!
Eu não sei como são as outras famílias, mas vendo a minha e as de alguns amigos posso, com toda a certeza, afirmar que ninguém quer ter por perto uma faca de trinchar eléctrica quando estão todos reunidos e o vinho, memórias recalcadas e dilacerantes, os velhos ódios e segredos abundam!
A não ser, a não ser que já tenha a intenção de redecorar e pintar a casa toda dali a uns dias e haja alguma coisa para herdar.
Encontrei ainda alguns bibelots, napperons, mantinhas e colchas de renda ...
Outra prenda que encontrei foi um livro de Dalma Heyn O Silencio erótico das mulheres casadas, que me foi oferecido por um amigo quando eu tinha 17 anos.
Penso que ele, com 16 anos na altura, o escolheu apenas pelo título e imagem da capa.
Para mim, esta é uma prenda inútil quando se tem 17 anos e a inocência e frescura de... de... euh... olhem aquilo foi num tempo em que isso ainda se usava, havia menos poluição e uma Gorila custava dois e quinhentos!
Mais tarde descobri que para os meus namorados, sim o ar poluído levou-me a ter algumas experiências nesse campo, e homens em geral, esta é uma prenda perigosa!
Como diz o Povo: A Cavalo dado não se olha o rabo!
O que fazer então? Uma venda de garagem!
Venham este domingo, com o porta-moedas recheado e tragam os vossos amigos e família :)
11 comentários:
que prenda tão inútil que te deram!
então para trinchar não bastava... uma trincha, por exemplo...
Vício,
fui ao google ver o que era uma trincha, voltei de lá ainda mais confusa!
A cavalo dado não se olha o dente, Naw, é o dente e não o rabo :D
Eu acho esse presente muito útil.
Embora eu não tenha uma lembro-me o feliz que a minha mãe ficou quando comprou a dela.
Ele era fatiar carne assada, era fatiar pão (na altura não se vendia já fatiado) eu sei lá mais o quê...
Também foi numa altura em que se estava a divorciar.
Fatia-mos :D
para ver o que te tinha confundido fui ao google também. apesar de encontrar o que eu chamei de trincha, houve uma foto que me prendeu muito mais a atenção :D
é tipo um pincel mas mais larga e espalmada
cat,
ai é? realmente assim faz mais sentido. porque é que nós não poderíamos olhar para o rabo alheio?
posso dar-te a minha faca, não te estás a divorciar, pois não?
olha, fica para cortar as limas :)
Vício,
obrigada pela explicação :)
o que será que a senhora estava ali a fazer? a esconder-se de piratas? a apanhar ameijoa? caranguejos?
fiquei intrigada.
Ali a tua amiga Salomé deu-lhe bom uso. Já o João, coitado...
Gata,
Mulher cheia de recursos, a Salomé.
O João era um parvo, demasiado confiante, é no que dá meterem-se com as mães de mulheres que ainda não cortaram o cordão umbilical!
Quem é que ele pensava que era? Falar mal da senhora, isso não se faz.
À Lorena Bobbit deu imenso jeito.
Diz que a Lorena usou apenas uma vulgar faca de cortar legumes...
mais uma mulher de recursos!
acho que estava a fazer caldo-verde na altura.
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