Confesso, acredito no Casamento.

Sim, atirem-me pedras. Continuo a acreditar.
Não sei se o facto de ter estado fora do país durante 16 anos, mais o novo acordo ortográfico, são o que fazem com que não compreenda a forma como falam e repudiam o casamento.
Para mim, que estive criogenizada este tempo todo, o casamento significa a união de duas pessoas que se amam, que se Respeitam mutuamente, por quem nutrem uma amizade e ternura inabaláveis, que querem estar juntas, partilhar a mesma casa, as mesmas alegrias, tristezas, dívidas, novas aventuras e, quem sabe, ter filhos.

Analisemos a palavra Casamento:
CASA – De casa, o edifício, o lar, o afecto, a amizade, a família, o reconforto.
MENTO – De tormento, sofrimento, entendimento, nosso das mulheres.
MENTO – Também de afogueamento, abrasamento, suculento, cuchi-cuchi no teu mento, roça-roça no meu mento, bom momento. Tudo isto no plural durante os primeiros anos, com o passar do tempo, uma vez por semana num dia previamente definido. Mais tarde, bem, mais tarde logo se vê, afinal todos nós temos os nossos momentos em que estamos mais mentos do que outros.

Então e a paixão? A paixão torna-se num amor adulto, transforma-se em algo mais sereno e sólido, claro que pode reaparecer a qualquer momento, já vi acontecer, e é tão bom.

O casal pode decidir fazer uma cerimónia para celebrar e afirmar perante os amigos e familiares o casamento. Partilhando assim a alegria com aqueles que lhes são queridos. Recebendo também prendas úteis, se não para a casa, para dar mais tarde a outros.

Temos depois a parte prática, o contrato. Aquele que assinamos no notário. Não vejo drama nenhum, no fundo o casamento também é isso, uma sociedade. O casal vai, em conjunto, mas mais a mulher do que o homem, trabalhar para construir algo, criar um património para eles e que mais tarde passará para os filhos.
A lenda urbana que defende que o casamento - contrato estraga a relação não tem em conta os imprevistos, aquele tipo de coisa que não acontece apenas aos outros.

Este contrato é importante, tem que ser feito, é apenas uma formalidade, para proteger, em caso de necessidade, os filhos ou um dos cônjuges, aquele que não se finou. Todos ouvimos falar de casais que viviam “juntos” e que após a morte de um deles, o outro ficou sem nada pois a família do falecido não se fez rogada, levou tudo porque “ah, eles não são casados, não há papel assinado, só viveram 20 anos amigados mais nada.”.
Não vou falar da ruptura, todos sabemos que, mesmo com contrato, as pessoas, quando estão a sofrer, acabam por agarrar-se a detalhes como a posse de uma cadeira, para fazer sofrer o outro. O ser humano é incrível, mas terrivelmente imbecil, estúpido e cruel quando está a sofrer. O que eu até consigo perceber, mas isso são outros quinhentos.
A assinatura deste contrato não invalida em nada os sentimentos que o casal nutre um pelo outro, nem altera a solidez da uma relação.

Com ou sem contrato, com ou sem cerimónia, o casamento é possível, a maior parte de nós o faz, ou já fez.
Grande parte dos casais da minha família, não têm ainda contrato assinado, nem fizeram cerimónia para celebrar a união, mas não há um que não assuma o seu casamento.

Somos modernos e não nos restringimos à ditadura da sociedade, damos-lhe nomes diferentes, lutamos pela “união de facto” ou algo que formalize e proteja os nossos direitos, esfregamos os olhos com areia e ainda no rimos, não somos ovelhas!
Dizemos que a instituição que é o casamento, está podre. Normal, se continuarmos a encarar o casamento com o cinismo com que o fazemos, ele vai criar arbustos.

Um homem ou mulher que não assume a relação que tem, que não assume que a pessoa que vive lá em casa, a foda fixa, a gaja que me lava as cuecas, o meu fofinho, o meu carrossel, etc.- essa pessoa para quem corremos ao final do dia, com quem partilhamos tudo, bom ou mau, que nos anima, nos reconforta, irrita, abraça, irrita mais um pouco, aquela que observamos quando está a dormir, que quando não acordamos ao lado dela, o dia já não corre tão bem, aquela com quem queremos estar, o nosso marido/ mulher – não é uma cerimónia, não é um papel assinado, que o vai fazer assumir.

38 comentários:

Isa disse...

O homem ou mulher que não assume a relação, é simplesmente um(a) merdas. Assim como o são os que não aceitam que uma relação acabou e se agarram ao tal contrato com unhas e dentes, chantangeiam e até se convencem que conseguem alguma coisa com isso. Conseguem, mas não é o reacender do amor de certezinha absoluta. Pessoalmente, nada contra o contrato, pra mim é isso mesmo, um papel que assinei há uns bons anos, a provar ao mundo que me perdi d'amores por uma pessoa. Acho que por essa altura já não era preciso assina-lo pra que a lei me garantisse alguma coisa em termos materias, que tenho a impressão que isso por então já estava garantido prás uniões de facto. Que, se não estou em erro, só passam a sê-lo após 5 anos de vivência em comum, curiosamente e comprovada, está claro.
Filhos não servem, tem que ser com coisas mais práticas e eficazes, tipo declarações conjuntas ao IRS e assim.
A unica particularidade que me incomoda no casamento e que a união de facto não tem, é exactamente no primeiro caso estar-se sujeito aos humores do conjuge para se passar a divorcido. Mesmo que separados e desde que um não queira, o nosso estado civil permanecerá uma mentira, e isso incomoda, claro. De resto vai tudo dar ao mesmo.

Ao contrário de ti, não consigo compreender ( por muito que me esmifre) quem magoa porque sofre. Não consigo. A menos que esteja a sofrer da dor suprema- e aí acho que se pode mesmo tudo - penso que dor nenhuma justifica punições do tipo que referiste, ou outras. Neste caso muito específico, quando se transfere a perda de uma coisa que era grande, tinha que ser, e morava na alma, pra disputas materiais, isso não me diz grandes coisas da pessoa em sofrimento. Já perdi muita coisa e sabe Zeus pró que estou guardada, mas nunca puni ninguém assim, aliás, nunca puni ninguém por não me amar, ou por ter deixado de me amar. E todá gente sabe que estas porcarias doiem comó caralho (desculpa, mas eu hoje estou muito contundente)e nem por isso me pus a regatear "preços". Meu amor, minha perda, pronto. Acho uma beca aborrecido obrigar ou tentar obrigar a que alguém me goste, sei lá. Mas isto sou eu.

Já casamentos pela Igreja são outros quinhentos. Tenho uma amiga que se negou terminantemente a fazê-lo porque segundo ela, que é uma crente convicta, seria insultuoso para Deus estar perante Ele, a jurar "amor eterno e fidelidade, até que a morte nos separe", sabendo ela que saberia Ele ser isso para ela, logo ali à partida, coisinha pra muito debate.

Isa disse...

O homem ou mulher que não assume a relação, é simplesmente um(a) merdas. Assim como o são os que não aceitam que uma relação acabou e se agarram ao tal contrato com unhas e dentes, chantangeiam e até se convencem que conseguem alguma coisa com isso. Conseguem, mas não é o reacender do amor de certezinha absoluta. Pessoalmente, nada contra o contrato, pra mim é isso mesmo, um papel que assinei há uns bons anos, a provar ao mundo que me perdi d'amores por uma pessoa. Acho que por essa altura já não era preciso assina-lo pra que a lei me garantisse alguma coisa em termos materias, que tenho a impressão que isso por então já estava garantido prás uniões de facto. Que, se não estou em erro, só passam a sê-lo após 5 anos de vivência em comum, curiosamente e comprovada, está claro.
Filhos não servem, tem que ser com coisas mais práticas e eficazes, tipo declarações conjuntas ao IRS e assim.
A unica particularidade que me incomoda no casamento e que a união de facto não tem, é exactamente no primeiro caso estar-se sujeito aos humores do conjuge para se passar a divorcido. Mesmo que separados e desde que um não queira, o nosso estado civil permanecerá uma mentira, e isso incomoda, claro. De resto vai tudo dar ao mesmo.

Ao contrário de ti, não consigo compreender ( por muito que me esmifre) quem magoa porque sofre. Não consigo. A menos que esteja a sofrer da dor suprema- e aí acho que se pode mesmo tudo - penso que dor nenhuma justifica punições do tipo que referiste, ou outras. Neste caso muito específico, quando se transfere a perda de uma coisa que era grande, tinha que ser, e morava na alma, pra disputas materiais, isso não me diz grandes coisas da pessoa em sofrimento. Já perdi muita coisa e sabe Zeus pró que estou guardada, mas nunca puni ninguém assim, aliás, nunca puni ninguém por não me amar, ou por ter deixado de me amar. E todá gente sabe que estas porcarias doiem comó caralho (desculpa, mas eu hoje estou muito contundente)e nem por isso me pus a regatear "preços". Meu amor, minha perda, pronto. Acho uma beca aborrecido obrigar ou tentar obrigar a que alguém me goste, sei lá. Mas isto sou eu.

Já casamentos pela Igreja são outros quinhentos. Tenho uma amiga que se negou terminantemente a fazê-lo porque segundo ela, que é uma crente convicta, seria insultuoso para Deus estar perante Ele, a jurar "amor eterno e fidelidade, até que a morte nos separe", sabendo ela que saberia Ele ser isso para ela, logo ali à partida, coisinha pra muito debate.

Isa disse...

Passo a vida a repetir-me...

Nawita disse...

Vamos por partes.

Não nos podemos esquecer que estamos a falar de pessoas. Infelizmente, quando o amor desaparece, alguns lidam mal com isso. Daí o respeito e o equilíbrio mental serem vitais, sobretudo no momento da separação.

Filhos não servem? é o mundo ao contrário!
o contrato, só assina quem quer, podem esperar os 5 anos, para a união de facto. O importante, é no dia-a-dia, cumprirem o que vão assinar nesse contrato.

um pouco como os cristãos, vão à missa, comem bolachas, bebem que se fartam, mas de cristãos só as bochechas rosadas.

Nawita disse...

A tua amiga é espectacular! Sabe o que quer, se para ela casamento religioso não faz sentido, então o melhor é mesmo não o fazer.

Sábado vou a um casamento na igreja, o meu primeiro casamento!

já fui a muitas celebrações de casamentos, mas que eram simples reuniões, com os amigos e família, a celebrarmos a união do casal.

Nawita disse...

Compreendo que as pessoas magoem os outros quando sofrem, mas não aceito.
As pessoas que lidam mal com uma mudança, seja ela qual for, acabam por querer transferir o seu mal estar para os outros.
Quando um amor acaba, devemos aceitar, o amor não é egoísta, já o ser humano sim.

Não compreendo os malucos que se tornam violentos ou que usam os filhos como arma, isso não. são pessoas loucas que devem ser internadas.

Nawita disse...

poças, o telefone, não consigo comentar como deve ser.

Roque disse...

Não sou gajo para dizer isto publicamente, mas depois de ler este texto sinto-me, inevitavelmente, tentado a deixar aqui uma confissão pessoal:

Sou um crente confesso no amor. Não sou casado, mas podia ser. Vivo amantizado, junto, unido de facto, o que lhe quiserem chamar, com a melhor, a maior, a mais extraordinária mulher que alguma vez já pisou a face da terra. Sou um gajo com muita sorte, porque ela acha o mesmo de mim, o que, tendo em conta o interminável rol de defeitos que possuo, é, só por si, um milagre da natureza. Tal como ela.
Não sou casado, porque nunca pensámos nisso, mas fá-lo-ia sem qualquer hesitação, uma, duas, quantas vezes fosse necessário. Com a mulher certa, nenhuma decisão pode ser errada, desde que reafirme o amor.
E sim, acredito que o amor pode ser um ataque fulminante, do qual nunca recuperamos... felizmente. Acredito veemente no amor e não me imagino doutra forma, até porque, enquanto pessoa, eu também sou o resultado de todas as parcelas que me foram acrescentadas pela pessoa que amo.

Tenho dito...

Ana disse...

VAIS-TE CASAR??????????????

Ana disse...

Eh pah. Isto hoje está muito profundo...e eu hoje não estou profunda, estou é com uma cambada de sono em cima. Podia-me casar pela igreja de véu e grinalda que nem dava conta.

tenho o casamento como uma ideia romântica. O contrato, esse, já está feito a partir do momento em que as pessoas decidem partilhar a vida, em comum. Há as coisas práticas, como o IRS, os filhos e as heranças, há a ideia romântica de se unirem perante um ente superior e/ou perante os mais chegados. Mas tb há rios de dinheiro que não tenho, paciência e stress (um não tenho, outro não quero ter) para organizar uma festa. Muita gente querida a quem não consegues dar a devida atenção por mais que queiras e ficas sempre com a sensação de não teres sido suficiente para aquela pessoa. Depois, a questão de ser ateia e de me parecer ridículo participar activamente num ritual que não me diz nada (preferia um ritual wicca)

Ana disse...

Gosto de casamentos, mas dos outros LOL.

Ana disse...

A minha ideia ideal de casamento (com o gajo com quem estou amantizada há dez anos, porra, isso é uma vida quase) seria fugirmos os dois daqui, para longe e nenhures e fazermos um ritual só nosso, sem mais ninguém. Sou egoísta, é verdade. E tenho pavor a organizar eventos, sejam eles quais forem.

Teonanizi disse...

Sobre assuntos escabrosos não me pronuncio!

;)

Gata das Botas disse...

Ai estão a falar outra vez do amor?

Vou-me embora e volto quando começarem a falar de rega gota-a-gota, ou qualquer coisa assim, em que eu possa opinar convenientemente.

Isa disse...

Nawita, casamento é só uma formalidade que arranjamos para oficializar um relação. Penso que o que leva a que as pessoas fujam dele a sete pés, é a parefernália de leis que depois resolveram acoplar-lhe para o caso de a coisa não correr bem. Diz-se o "sim" com garantias legais para quando se diz ou se se quiser dizer "não".
É uma acrobacia com rede.É uma satisfação à sociedade.
É um ritual.
É uma festa.
E é caro sob muitas vertentes.

Teonanizi disse...

Casamento?!

Esse é da família do diabo, não é?

Teonanizi disse...

Ah...

Aposto em como não és casada...

:D

Nawita disse...

Roque,
Seu parvo. A terra tremeu.
Uma tempestade tropical de alegrias, sobre ti e a tua mulher, é o que vos desejo.
Parvo.


Vani,
Casarem num lugar paradisíaco, ai, ai…
Que tal na ilha de Faro?


Rei,
Sua majestade, que real descartada!
Não sou casada, já estive amantizada, serve?


Gata,
No Conversas estamos sempre atentos aos desejos dos nossos leitores. Rega gota-a-gota, ou outra coisa qualquer, em breve nas bancas.


Isa,
Infelizmente é caro, tratar do mínimo papel, no nosso país, é caro.

Nawita disse...

Quero reafirmar o que disse no post.
Para mim, casamento é o contrato que o casal faz na intimidade da sua casa, os votos que fazem um ao outro. Sem esse acordo, desejo de partilhar as suas vidas, o papel assinado não é válido, para mim. É apenas uma farsa.

Creio que muitos casam, sem saberem qual a essência do casamento, daí tanto divórcio. Muitos, na hora de assinar o papel, apercebem-se de que não vão cumprir os votos, que o casamento afinal é a sério e o outro está a espera que cumpramos as promessas feitas, aí anulam o casamento, e sim, fogem como o diabo da cruz.

Creio que neste momento, só a igreja se esforça no sentido de formar os noivos na matéria complexa da manutenção do casamento.

Nawita disse...

Quanto à lei, ela existe para nos proteger, não apenas em caso de morte ou divórcio. A lista é extensa, não me vou prolongar sobre isso.
Quando estamos apaixonados não pensamos nos aspectos legais. Creio que quando há crianças e que estamos a construir o nosso património (ai que lindo) faz todo o sentido prestar mais atenção às leis.
Em vez de criarmos outras formas de legalizar a união de duas pessoas, devemos corrigir as leis que já existem, o que está a acontecer, mas devagar.

AD disse...

Na semana passada convenci uma colega de que era viúvo.

Não deixa de ser algo revelador que na minha primeira intervenção sobre o assunto tenha logo morto a minha esposa imaginária.

Nawita disse...

AD,
Demonstras, uma vez mais, que és um homem sensato e matreiro como uma raposa.

As mulheres imaginárias não fazem o jantar e não passam a ferro, ela tinha mesmo que desaparecer.
Fico contente por saber que a mataste, a terapia anda a fazer efeito.

Dizeres à tua colegA que és viúvo mostra que a sabes toda.

As mulheres são umas sentimentaloidas, nada as atrai mais do que um homem sofrido, com problemas e sem ninguém que trate dele. Achamos que cabe a nós, e só a nós, salvá-lo dele mesmo, acarinhá-lo, mimá-lo, alimentá-lo, etc-lo, depois quando a temperatura desce, levá-lo para a caminha.
Fica atento aos sinais, se ao dizeres “Sim, eu estou bem”, ela inclina a cabeça e, apesar do sorriso, tem nos olhos um brilhinho de preocupação e prazer doentios, está no papo.
Começa pelos bolinhos que te leva para o lanche, quando chegarem as primeiras chuvas está à tua porta com um caldo de galinha.

Gata das Botas disse...

Nawita,
não acho bem que estejas a revelar as fraquezas femininas em relação aos homens!
Daqui a nada também lhes estás a dizer que não resistimos a um homem que passeia o seu cão na praia ou no parque, ou a homens com gatos, não é?

AD disse...

Então se calhar não lhe devia ter confessado que estava a brincar.

Vou dizer que estava a brincar quando disse que estava a brincar a ver se pega. Aches que mate também um ou dois filhos e/ou animais de estimação ou achas que isso é demasiado Steven Seagal?

Nawita disse...

Gata,
É o AD, não é qualquer um.
Isso dos homens a passear cães na praia tem muito que se lhe diga. Eu acho simplesmente nojento.
Homens com gatos é que é. Quer dizer, desde que não apareçam com a roupa cheia de pelos.
Um homem com gato faz-me pensar nos maus dos filmes. Embora ninguém o admita, as mulheres gostam de sacanas.

Gata das Botas disse...

Nojento, Nawita?

Nawita disse...

AD,
Tu és estranho. Mas o mundo é um lugar estranho e a mente feminina ainda o é mais.

Não mates mais ninguém, os funerais estão pela hora da morte.

Fazemos assim, vais ter com ela, como quem não quer a coisa, fazes um ar de cão abatido, tosses e finges uma tontura.

“oh meus deus, AD, estás bem? apoia-te em mim, não te preocupes se roçares o meu peito, eu não levo a mal e até é bom para a tensão”.

Agradeces, e ficas ali a recuperar. Ela vai perguntar o que tens. Dizes que andas a dormir mal e “sim confesso, não tenho tido cuidado nenhum, e é uma parvoíce fazer isto. Mas desde a morte da minha linda e terna mulher, não gosto de jantar sozinho, sinto muito só. As noites são terríveis, fazem-me pensar mais nela e sinto um vazio enorme.”

“HÃ?”, diz a burra pela manhã. “Mas então... Blá blá bla´”.

Dizes que não querias que ela sentisse pena de ti, porque embora não o saibas explicar, não queres que ela pense em ti com um coitado, um fraco que perdeu a mulher. E que, como sentes que lhe podes contar tudo, acabaste por falar da tua viuvez. Mas logo a seguir sentiste-te mal por partilhar tamanho fardo com ela.

Epá, se isto não resultar, é porque fizeste algo de errado. É claro que isto precisa ali de uns retoques. Mas vai lá, confio que és capaz. Mas não inventes demasiado.

Nawita disse...

Gata,

não suporto as pessoas que passeiam os seus cães na praia. infelizmente não costumam "apanhar" depois da passagem deles.
é um bocado desagradável encontrares na água e na areia coisas que não pertencem ali. já basta as botas, latas, garrafas, etc...

Gata das Botas disse...

Pá, homem a passear o Piruças na praia implica a apanha do cócó! Discretamente, claro, para ninguém ver.

AD disse...

Nenhum homem - nem o mais efeminado - chama Piruças a um cão.

Gata das Botas disse...

Não? Mas os cães não se chamam todos piruças?

AD disse...

Piruças é nome de gato, pá.

AD disse...

Os cães chamam-se Bóbi, Rex ou Piloto.

Nawita disse...

Piruças é nome de piaçaba.

Gata das Botas disse...

E Dick! Há muitos cães que se chamam Dick.

Os gatos são todos Tarecos, Fofinhas ou Bolinhas (menos os meus, mas eu não conto para as estatísticas), pá!

Nawita disse...

:)

quando a minha gata tinha bebés, o meu maior problema era arranjar nomes fixes e originais.

Gata das Botas disse...

Para a próxima (gata) falas comigo, que eu arranjo-te uns nomes bem catitas. ;)

Nawita disse...

já não vão haver mais vezes. acabou-se.
mas se a Blanca decidir adoptar algum gatinho, já sei onde ir.