Fiquei a saber, apenas ontem, que a cabra Algarvia está em vias de extinção!
- Não é possível, afirmei, com tanta cabra que por aí anda! De certeza que está em extinção?
- Não é essa, Nawita, é a cabra algarvia rústica, de cor castanha brilhante e com manchas brancas, aquela que é produtiva, inteligente e dócil.
Ninguém quer saber dela e dos seus cabritinhos, em breve deixarão de existir.
- Ah, sendo assim não me admira nada. Só uma verdadeira Cabra, que não tenha medo de usar os cornos, é que não desaparece facilmente!
Não consigo deixar de pensar no assunto, fico triste.
Penso que, como em todas as famílias, cabe aos membros mais fortes e arrojados, ajudar os fracos e... bom, moscas-mortas.
Vou marchar até ao Parlamento!
27 comentários:
Isso quer dizer que há cabras algarvias que não são rústicas?
Claro!
Há a cabra de trazer por casa, a cabra funcionária, a cabra arquitecta, a cabra bancária, a cabra chique, a cabra brega, a cabra vestida, a cabra despida, a cabra bailarina, a cabra dum raio...
aqui há para todos os gostos, sabes que vivemos do turismo, não sabes?
E a Cabra Cega, aquela que só apalpa?
Então não há? essas são de lagoa!
(eu vou arder tanto!não há salvação possível.)
Vai marchar contra os cabrões?
Hummm ... não percebi se vais marchar contra a extinção das rústicas ou se contra a proliferação das outras. É que se for pela segunda, aviso-te já que é causa perdida: nós viemos pra ficar!
Rei,
contra o cabrão que continua a oferecer o mesmo preço pela cabra algarvia, fazendo com que não seja rentável a criação da mesma.
epá, ó Majestade, e se durante a campanha promovêssemos a cabra algarvia?
Isso é que era, o Rei no meio do povo a fazer festas às cabras e a comer pão com queijo!
Eu sei o que parece, mas desengane-se, não vamos ao sacha beach!
Isa,
Apelo às outras cabras, as mais fortes, para ajudarem as rústicas, tadinhas não se sabem defender, não têm as armas necessárias!
Por mim é na boa.
Estou sempre do lado da bicharada!
Da humanidade é que nem por isso...
é um claro caso de competição interespécie por interferência.
a introdução de espécies de cabra estrangeiras, veio gerar competição com a espécie autóctone. as cabras estrangeiras trouxeram com elas outras estratégias, pouco familiares à espécie indígena e com isso conseguiu ter acesso facilitado aos recursos da área, sem que a cabra rústica tivesse tempo de se adaptar.
provavelmente a cabra rústica terá o mesmo futuro que o burro mirandês, que é montado apenas pela curiosidade de fazer algo diferente, sem qualquer vontade de o levar para casa, ou de o voltar a fazer na vida.
Rei,
eu vi, percebo que penses assim.
Mas não achas que, ao fazeres o mesmo que alguns humanos, é estares a ultra-humanizar-te?
ser cruel para o seu semelhante, de forma completamente gratuita, é um sentimento muito humano.
acho mais humano e caridoso, dar um tiro no meio dos olhos, pimba, é limpo e rápido.
Tem a vantagem de não nos tornar sequiosos da dor alheia.
Talvez um dia a malta desenvolva este assunto, enquanto se come um queijinho!
Senhor doutor, engenheiro A,
vê-se logo que percebe disto.
tem feito experiências e convivido com a espécie?
Não desejo tamanho mal, nem ao burro, nem à cabra.
Eu tenho pena da cabra algarvia, mas há que dizer isto, nós, a Cabra com C maiúsculo, merece o lugar que conquistou.
Achas que é fácil andar pelos montes de salto alto?
eu, por outro lado, estava mesmo a falar de caprideos. a cabra estrangeira é a cabra serrana andaluza.
sobre as cabras algarvias com c maiúsculo só conheci uma até agora. não tenho dados suficientes, preciso de fazer mais experiências.
Grades cabras, vêm para a terra alheia roubar as atenções!
Vai na vuelta ainda recebem subsídios, para se adaptarem melhor.
Posso assistir-te, se quiseres, como me encontro no Algarve, se quiseres posso ir observar as Cabras, documento tudo, depois envio para ti. Assim tiras a conclusões, escreves um artigo e ganhas os louros todos.
espero que aguentes a chinfrineira que eles fazem :p
sendo assim, vou pedir referências à outra.
O A fica com os louros eu fico com as ruivas.
nawita, arranjas-me referências?
ahahaahah, este comentário foi só para enganar :p
não disfarces, AD, já toda a gente sabe.
Eu estava aqui a assistir a esta conferência e gostaria de perguntar uma coisa ao Sr. Engenheiro:
se as cabras estrangeiras são de qualidade tão exponencial, a sua importação para o nosso país, não irá levar a um défice irreversível a economia do país de origem das mesmas?
A,
agora fiquei zonza!
conheces mais algarvias?
estás a chamar-me de algarvia?
ou estás a pôr em causa a minha Cabrice?
AD,
ruivas? são as andaluzas?
A,
toda a gente sabe? sabe o quê?
olha, lembrei-me agora: ontem deu uma notícia a dizer que iam usar cabras para ajudar a combater os incêndios. é verdade, nawita? as cabras algarvias são assim tão frias?
isso agora não interessa para nada, nawita. mas sim conheço mais.
isa, a evolução raramente tem a ver com qualidade, mas sim aptidão. e como me disse o meu amigo austríaco, Hans, da primeira vez que falamos: "portuguese women are all nuns"
eu não sei se é verdade. a bem da verdade, eu nem sequer sei falar austríaco.
sim, são.
e que bem que elas sabes, bem geladinhas, numa noite de verão!
ou tarde, ou manhã, ou meio da manhã, ou 1 hora depois da manhã...
enfim, estás a perceber.
Mais ( afinal eram duas, as questões): se os recursos da área são assim de tão fácil acesso,será o não consumo do mesmo por parte das cabras naticas, não se deverá a isso mesmo, à sua má qualidade?
*nativas
recursos, são recursos. e se os recursos são maus, é culpa de quem o criou. e sabes como são os animais mamíferos... sempre atrás da mãe.
Não fales assim do Criador, A, ainda vais sofrer as consequências.
Enviar um comentário