Molico


O mês de Março é o mês da Mulher.
Todos os meses deveriam ser nossos, é verdade, mas é também verdade que nós as mulheres acabamos sempre por mimar primeiro os outros e tratamos de nós mais tarde, quando nos vamos deitar e tiramos cinco minutos para lavar os dentes e colocar o creme de noite no rosto.
Felizmente existe o dia 8, para pensarmos em nós e apenas nós.
A Polar Viagens foi mais longe e tem, durante todo o mês de Março, uma promoção destinada apenas às senhoras, a "Feminin Break".
A Feminin Break propõe programas diversos à escolha que incluem estadia (50 hotéis à escolha por todo o país), tratamentos exóticos (rapazes musculados não incluídos), descontos em Spas e muitas delícias que nós merecemos.
É a oportunidade de dedicar um fim-de-semana para nós e amigas, variando do típico jantar/bebedeira/momentos embaraçosos/ressaca/regresso ao dia-a-dia, que costuma imperar no dia 8 de Março.
Aproveitem o mês de Março para se mimarem, colocar a conversa em dia com as amigas e ressacarem, se o quiserem, durante uma massagem, na sauna, à beira da piscina ou num banho Cleópatra.

The filth & the glory

A nova campanha da Diesel revela o mundo cruel, duro e sujo de algumas profissões masculinas. Mundo esse que podemos observar sem sair do conforto do nosso sofá.
Informamos que estas imagens podem ferir mentes doentes e susceptíveis.




      Powder & Dirty Campaign photographed by Txema Yeste
Mais aqui.

The Tasmaniac 'Medronho Moonshine'

Get high on medronho Moonshine
Sit on a Portuguese bar, talking to the GNR, drinking Medronho Moonshine.
When the Portuguese senhoras aren't looking too bonitas, get high on Medronho Moonshine!

Saturday night fever

A pausa que refresca, também cozinha.

"A “receita” secreta da bebida mais famosa do mundo foi revelada. Para fazer um litro de Coca-cola basta ter ingredientes como extracto líquido de folha de coca, óleo de noz-moscada e néroli. Os coentros também são necessários para produzir o sabor 7X que entra na composição do xarope que dá o toque especial à bebida."
Mais aqui.
Agora já sabem como fazer Fondue de vinho sem vinho e já com temperos.

Naco à Lusitana!

Tenho visto aí pela internet várias referências ao estudo que revela que as portuguesas são, de cinco países da Europa, as mais satisfeitas sexualmente.
Invariavelmente, os comentários feitos pela maior parte das mulheres são de incredulidade, como se fosse impossível uma portuguesa, com uma relação estável, andar sorridente, com pele e cabelos  brilhantes, sem ter necessariamente gasto fortunas num Spa.
Embora sabendo que nestes estudos há sempre quem minta, não acredito que andem todos tão insatisfeitos com o seu parceiro.
Porque é que são raras as mulheres que dizem que estão, também elas, satisfeitas com o seu parceiro? Será inveja, será a ideia de que não podemos dizer que o sexo é bom, qual é o problema DELAS?

Mas o que mais me chocou foi ver a minha irmã mais nova, referir-se às interrogadas, como mentirosas. Ela, que não tem razão de queixa, sei-o de fonte segura, até porque, sendo eu a mais velha, muito do que sei, aprendi-o com ela.
Quando lhe perguntei porque é que achava que as mulheres que fizeram parte do estudo em questão, eram todas mentirosas, disse que era pelo hábito de criticar e falar mal.

Que necessidade é esta que nós portugueses temos, de só nos queixarmos e de nunca falarmos das nossas alegrias? Medo do mau olhado? Se dissermos que estamos satisfeitas com o nosso parceiro,corremos o risco de que lhe caia o sexo?
Não percebo. Pensei que as alegrias fossem para partilhar. Eu não, que sou uma coitada, só tenho azares, tudo me corre mal e nem me façam falar nos joanetes.

Adoro esta festa!

Postais coloridos, ursinhos carinhosos e mensagens amorosas :)



Amor é...

ser completamente honesto com o outro.

www.nataliedee.com

Amor de perdição


Tinha 14 ou 15 anos quando o li pela primeira vez, escusado será dizer que na altura detestei todas as personagens do livro assim como toda a ideia de que se podia morrer por amor.
Que parvoíce! As pessoas morrem porque há guerras, doenças, fome, pestes, assassinos, agora por amor! E se eles queriam estar juntos que se esforçassem por isso, porque raio não fugiam?
Para mim tudo se resumia a dois idiotas que não conhecendo nada da vida se deixaram cegar pelo amor que sentiam, e a um pai tirano e possessivo que não queria ver a filha dele com aquele homem que ele não aprovava para a filha dele, decidindo então fechá-la, a filha dele, num convento.
Ali ficaram, a suspirar cada um para o seu lado, ai que te amo tanto mas o meu pai não deixa, ai que te amo tanto mas as nossas famílias odeiam-se, amam-se uma ova, a filha é minha quem manda sou eu.
Resultado, a loucura dos três levou a que uma rapariga nova, idiota, demasiado romântica e mimada, mas com direito à vida se deixasse morrer num convento, um rapaz de coração partido que morre a caminho do degredo e um pai a chorar a perda de um dos seus bens mais preciosos.
E a cereja em cima do bolo, a Mariana, que embora não correspondida, amava o Simão e atirou-se ao mar. Enfim, domingo à tarde na TVI.
Furiosa com aquilo estive quase a cometer o crime de rasgar o livro, felizmente, graças a um momento de lucidez, limitei-me a guardá-lo no fundo do guarda-fatos para não ter que o ver.
Na semana passada ao ver um episódio da anatomia de Grey, relembrei-me desta história pois uma das médicas tem que descolar dois adolescentes que, para os pais dele não mudarem de cidade, colaram os braços com super cola. Os miúdos, completamente apaixonados, passam o episódio todo colados um ao outro aos beijos, sob o olhar cansado e irritado do pai do rapaz. Ignoram tudo o que se passa à volta deles, apenas o outro existe, mais nada lhes importa.
Achei-os lindos!

Tive muitos namorados, desde muito novinha, daqueles a quem eu dava muitos beijinhos na cara, acompanhavam-me a casa, podiam dar-me a mão, mas basicamente eram os meus melhores amigos, com os quais eu gostava de conversar, jogar à bola, passear, ir à praia... desde que não fizessem demasiadas perguntas sobre o que eu fazia quando não estávamos juntos, ou me quisessem tocar demasiado, não percebia a necessidade de andarmos agarrados e ainda por cima aos beijos na boca!
O meu primeiro beijo de língua foi dado por um rapaz que, por me ver afastada das minhas amigas e ele acompanhado dos amigos, ganhou coragem e lançou-se na minha direcção derrubando-me com o ímpeto da sua paixão, enquanto espetava a língua dele na minha boca, eu, ainda em choque e com a cabeça a sangrar, deixei-me estar. Resultado, uma ferida na cabeça e um chupão, que nem era digno desse nome, no pescoço e o direito a ser gozada por me ter deixado apanhar.

No que diz respeito às loucuras, às decisões ousadas que fazemos por amor, sem um momento de reflexão, aquelas que tomamos porque sabemos que amamos o outro, queremos estar com ele e o resto não importa, porque encontramos no outro a razão de ser e o nosso coração bate não no nosso peito mas no dele ,não o fiz na adolescência mas sim aos 26 anos.
Embora espontânea e apaixonada, nunca deixei que aquilo que sentia por outrem me levasse a fazer algo sem primeiro reflectir, recusando-me a fazer algo que poderia não ser o melhor para mim ou para o outro, apenas porque estava apaixonada. Nunca permiti que os namoros me impedissem de viver e fazer tudo o que tinha planeado para mim, não deixava, por muito que me estivesse a divertir, que homem algum permanecesse mais de 48 horas em minha casa.
Sabia o que queria e investir-me numa relação faria com que tivesse de abdicar de outras coisas, o que me levava a não incentivar que o outro se investisse demasiado numa relação que, à partida, eu sabia infrutífera pois não ia haver, da minha parte, o mesmo investimento.
Pela primeira vez e contra tudo o que eu acreditava e queria para mim, quando o homem com quem eu namorava, em cujos lábios eu adorava perder-me, no corpo do qual adorava fundir-me e com o qual ainda não tinha nada em comum para além do facto de querermos estar juntos e de o fazermos muito bem, me perguntou se podíamos viver juntos, no espaço de um segundo pensei "é demasiado cedo, não estás habituada a partilhar o teu espaço e és demasiado independente, vais ter que passar a tomar decisões em função da vossa relação, a decisão acertada é dizer que não, respirei fundo e disse-lhe apenas uma palavra que resumia o que eu queria, o amor que eu sabia sentir por ele do fundo do meu ser e a certeza de que, por uma vez, me ia permitir a liberdade de poder estar a caminhar para a minha perdição, "Quero".

Volta Camilo, estás perdoado.

O Ratinho foi ao baile



"O ratinho foi ao baile
De cartola e jaquetão
Sapato de bico fino
E um par de luvas na mão

Encontrou uma ratazana
Que dançava no salão
O ratinho aproximou-se
Apertando sua mão

A ratazana estava noiva
E não quis complicação
O ratinho ficou zangado
Sofrendo do coração.
Pegou na sua cartola
E retirou-se do salão."

Rito de passagem



Apareceu-me um cabelo branco, o primeiro, acho eu.
Não se misturou com os outros, temendo pela sua vida por ser diferente, tímido e tentando passar despercebido. Não. Nasceu na linha da frente, lindo, forte, brilhante e prateado.
Apesar de ter aparecido antes da hora, estou muito orgulhosa deste cabelo prateado, para mim, o Silverado veio no momento certo.
Chegou numa altura em que me sinto, mais do que nunca, segura de mim, daquilo que posso alcançar e sobretudo, daquilo que não quero para mim.
Olho para ele, não como sinal de que, a partir daqui é sempre a descer, mas sim como uma medalha e um marco daquilo que já fiz, o caminho percorrido, as dores, as alegrias, os momentos embaraçosos, as quedas, as lições aprendidas e as vitórias.
É também a lembrança de que devo aproveitar bem o meu tempo e as oportunidades que a vida me oferece.
Viver a vida a fundo e sugá-la até ao tutano, não é gratuito, se o pagamento é ficar com o cabelo grisalho, pois  que venham eles!